segunda-feira, 9 de abril de 2007

SUJEITO DA APRENDIZAGEM


SUJEITO DA APRENDIZAGEM

A surdez é uma experiência visual que traz ao sujeito surdo a possibilidade de constituir sua subjetividade por meio de experiências cognitivo-lingüísticas diversas, mediadas por formas de comunicação simbólica alternativas, que encontram na língua de sinais, seu principal meio de concretização.
Cada sujeito surdo é único, sua identidade se constituirá a depender das experiências sócio-culturais que compartilhou ao longo de sua vida. Há surdos que têm consciência de sua diferença e necessitam recursos essencialmente visuais nas suas interações; surdos que nasceram ouvintes e, portanto, conheceram a experiência auditiva e o português como primeira língua, surdos que passaram por experiências educacionais oralistas e desconhecem a língua de sinais; surdos que viveram isolados de toda e qualquer referência identificatória e desconhecem sua situação de diferença, entre outros. Essa compreensão diferenciada da surdez não permite classificações ou caracterizações por graus de comprometimento, uma vez que não estabelece limites para o sujeito que aprende, mas possibilidades de construção diversas. Esse é um grande desafio para o sistema educacional.
Não se nega que a pessoa surda apresente uma limitação auditiva, porém, na concepção de sujeito que assumimos, valorizam-se suas potencialidades, traduzidas por construções artísticas, lingüísticas e culturais visuais e não orais-auditivas. Sob esse ponto de vista, não se trata apenas de considerar o que nós pensamos sobre os surdos, mas se trata, sobretudo, do que os surdos pensam sobre si, como comunidade politicamente organizada que tem o direito de participar na tomada de decisões pertinentes ao processo educacional. São, portanto, sujeitos de sua aprendizagem.

Para facilitar a comunicação com a pessoa surda:
· A forma mais adequada para estabelecer a comunicação com pessoas surdas é por meio da língua de sinais, sua língua natural, que utiliza o canal gestual-visual, o que facilita a interação. No entanto, quando isso não for possível, há algumas dicas que podem ajudar esse processo:
· utilize diferentes formas de linguagem – gestos naturais, dramatização, apontações, entre outros;
· não é necessário gritar ou exagerar na articulação, seja natural;
· use as expressões faciais para demonstrar dúvidas, questionamento, surpresa entre outros sentimentos e emoções;
· tenha calma se você não entender o que uma pessoa surda está querendo dizer, se necessário peça para ela repetir ou escrever;
· ao abordar uma pessoa surda toque delicadamente seu corpo para ter sua atenção, não adianta chamar ou gritar, se ela estiver de costas;
fale sempre de frente, pausadamente e, sempre que possível, dê pistas visuais sobre a mensagem (gestos, apontamentos, etc).
Sendo assim, questiona-se:
1 - Por que não se faz, ou pouco se faz para prevenir doenças que causam as deficências, sendo que algumas são facilmente aplicáveis, tais como:
RUBÉOLA: vacinação de meninas com idade 14 ou 15 anos.
TOXOPLASMOSE: exame que é feito antes de engravidar. A doença é transmitida pelas fezes do gato, carne de galinha (se não ficar congelada até 48 horas), porco e gado.
2 - O que os governos fazem de políticas públicas na área de prevenção das deficências?
3 - Por que existe a discriminação no trabalho com o surdo, pois este seria um funcionário muito útil, principalmente nos locais que apresentam muitos ruídos? Janete -SC
VAMOS REFLETIR UM POUCO????

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